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Saúde

Salvador sedia evento latino-americano de cirurgia dermatológica

O evento vai acontecer no Centro de Convenções Salvador (CCS), e receberá cerca de 4 mil participantes — entre médicos dermatologistas, cirurgiões, residentes, estudantes e representantes da indústria farmacêutica


Tribuna da Bahia, Salvador
15/04/2025 16:30
14 dias, 3 horas e 34 minutos
Foto: Divulgação
Entre os dias 24 e 27 de abril, Salvador se tornará a capital nacional da dermatologia. A cidade sediará o 35º Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, que neste ano traz um tema inédito e urgente: “Pele Étnica e Cirurgia Dermatológica”. O evento, promovido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) — a segunda maior entidade do mundo na especialidade — retorna à capital baiana após dez anos e promete não apenas atualizar a comunidade médica com os principais avanços da área, como também promover um necessário debate social sobre inclusão, representatividade e ciência com consciência racial.
 
O local escolhido para o congresso é o Centro de Convenções Salvador (CCS), que receberá cerca de 4 mil participantes — entre médicos dermatologistas, cirurgiões, residentes, estudantes e representantes da indústria farmacêutica — vindos de todos os estados brasileiros e do exterior. Estima-se que 95% do público será de fora da Bahia, o que deve gerar um impacto econômico de mais de R$ 30 milhões na cidade, especialmente nos setores de hotelaria, gastronomia, transporte e serviços especializados.
 
“Salvador, primeira capital do Brasil e cidade que concentra a maior população negra fora da África, é o local ideal para debatermos inovação, tecnologia e os avanços no cuidado da pele étnica, unindo professores, indústria e participantes em prol do conhecimento”, destaca o médico Paulo Barbosa, presidente do congresso, conselheiro da SBCD e um dos maiores especialistas em laser dermatológico do país.
 
"50 tons” de diversidade
 
A escolha do tema deste ano traduz uma virada de chave na forma como a dermatologia deve ser pensada no Brasil — país com mais de 56% da população autodeclarada preta ou parda, segundo o IBGE. Atualmente, a pele negra tem ocupado um lugar de protagonismo nas discussões científicas, pesquisas clínicas e protocolos de tratamento. 
 
Durante os quatro dias de evento, os participantes terão acesso a uma programação com mais de 50 temas, que vão desde a alopecia em diferentes grupos populacionais até as técnicas mais modernas em cirurgia dermatológica, passando por discussões éticas sobre o uso do PMMA (polimetilmetacrilato), avanços em inteligência artificial aplicada à pele, oncologia cutânea e tratamentos voltados à população LGBTQIA+.
 
O congresso também será palco para o debate de procedimentos minimamente invasivos, segurança em tratamentos estéticos, uso de bioestimuladores, inovações com laser e radiofrequência e práticas cirúrgicas de precisão, com ênfase em protocolos personalizados.
 
Relevância global
 
A dermatologia brasileira vive um momento de crescimento e sofisticação, enquanto a busca por tratamentos estéticos e terapêuticos cresce em ritmo acelerado. O Brasil está entre os líderes mundiais em procedimentos estéticos minimamente invasivos, como aplicação de toxina botulínica, preenchimentos e lasers.
 
O país conta com mais de 11 mil profissionais na área e, de acordo com dados da Demografia Médica no Brasil 2023, é a 12a. especialização mais procurada.
 
A cada ano, novas tecnologias são incorporadas à prática clínica, tornando os tratamentos mais seguros, menos invasivos e mais acessíveis. O congresso da SBCD é um reflexo desse avanço e se consolida como principal fórum de atualização profissional, pesquisa científica e networking da área no país.
 
Além dos 176 palestrantes brasileiros de renome, o evento contará com a presença de especialistas internacionais reconhecidos mundialmente por suas pesquisas e práticas inovadoras, como Susan Taylor (EUA), referência sobre pele negra, acne e alopécia; Miguel Sanchez (Espanha), especialista em câncer de pele e IA aplicada a soluções em saúde; Gastón Galimberti, especialista em cirurgia micrográfica de Mohs – técnica precisa e com alta taxa de cura –, entre outros.
 
A presença desses nomes fortalece o caráter internacional do congresso e posiciona o Brasil como um dos polos mundiais de desenvolvimento em dermatologia estética, cirúrgica e regenerativa.
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