Por Mateus Soares
O presidente do PL na Bahia, João Roma, voltou a se colocar como pré-candidato nas eleições de 2026. Diferente da disputa anterior, em 2022, quando concorreu ao governo do Estado, o ex-ministro não descartou a possibilidade de integrar uma chapa ao lado do ex-prefeito ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil.
“A minha pré-candidatura ao governo da Bahia está mantida no ano que vem, assim como a de ACM Neto, conforme estabelecido nas conversas que já tivemos. Mas isso não quer dizer que essa seja uma decisão irrevogável”, declarou Roma, em nota encaminhada ontem (16) à Tribuna.
Ele, porém, informou que o cenário nacional será “um fator decisivo nesta questão”. “A depender do que aconteça e das possíveis convergências políticas no Brasil e na Bahia, eu posso disputar a eleição para governador, senador ou até mesmo deputado federal, embora a tendência maior, nesse caso, seja de Roberta [esposa e deputada federal] concorrer à reeleição”, emendou.
Nesta semana, em entrevista ao podcast PodInformação, Roma também relembrou o distanciamento com Neto, seu ex-aliado, nas eleições passadas, mas adotou um tom conciliador ao comentar o episódio. Segundo ele, a divergência teve origem na tentativa de Neto de não associar sua imagem à de Jair Bolsonaro, então presidente e candidato à reeleição em 2022.
“Naquela época, Neto não queria vincular seu nome, e o presidente Bolsonaro queria que eu fosse o ministro. Fui até pego de surpresa, pois eu estava certo em não aceitar o convite. Quando o Ônix me ligou e disse que Bolsonaro assinou a nossa nomeação para os ministérios. Na campanha, Bolsonaro precisava de um palanque aqui na Bahia, e ele [Neto] não queria estar no mesmo espaço. Essa escolha fez com que eu me lançasse candidato”, contou.
Bastidores
Nos bastidores, a movimentação nacional do PL para 2026 vem sendo desenhada com foco na renovação de dois terços do Senado, aproveitando a eleição de 54 cadeiras — duas por estado. A estratégia tem como objetivo reagir à articulação do governo federal e do PT, que também se anteciparam para formar chapas fortes ao Senado.
Vale lembrar que, em 2022, o PL elegeu oito dos 27 senadores em disputa. Atualmente, o partido possui 13 senadores, sendo a segunda maior bancada, atrás apenas do PSD, que tem 15.
Na Bahia, esse movimento pode influenciar as decisões locais. Informações de bastidores indicam que o PL pretende manter o nome de João Roma como pré-candidato ao governo, como forma de fortalecer sua posição nas negociações por espaço na chapa majoritária.
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