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Saúde

5,6 milhões de brasileiras não vão ao ginecologista

Na pesquisa, as mulheres dizem que não procuram atendimento, porque não sentem necessidade. Desfrutam de boa saúde e algumas relatam dificuldades de ir ao médico, outras medo ou vergonha.


Tribuna da Bahia, Salvador
14/02/2019 09:00
2169 dias, 8 horas e 39 minutos
Foto: Reprodução

Por: Cleusa Duarte


Pesquisa da Federação Brasileira das associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), em parceria com o Datafolha revela, que pelo menos 5,6 milhões de brasileiras não costumam ir ao ginecologista-obstetra, 4 milhões nunca procuraram atendimento com esse profissional e outras 16,2 milhões não passam por consulta há mais de um ano. Para a vice presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia da Bahia (SOGIBA), Sandra Schindler, os dados servem de alerta.

“Vamos levar em consideração o perfil das pesquisadas. É muito importante. São mulheres da classe C, D e E e economicamente ativas, ou seja assalariadas. Sendo que o nível de escolaridade é o ensino Fundamental.”Constata Sandra.

Na pesquisa, as mulheres dizem que não procuram atendimento, porque não sentem necessidade. Desfrutam de boa saúde e algumas relatam dificuldades de ir ao médico, outras medo ou vergonha.

De acordo com Sandra, “a pesquisa realizada serve de alerta, para que se divulgue a importância deste profissional na vida das mulheres”. Ela destaca ainda, que as mulheres deveriam buscar atendimento desde a primeira menstruação.

“Para que o médico faça o planejamento do contraceptivo, pois estão entrando na adolescência e a gravidez nesta idade muda a vida da menina. Além disso, existem as doenças sexualmente transmissíveis. Este acompanhamento deve seguir todo o período de reprodução para a prevenção de doenças graves como o câncer. Na menopausa também pela prevenção de doenças, mas ainda mais pela reposição hormonal. Afirma Sandra.

Segundo a pesquisa Expectativa da Mulher Brasileira Sobre Sua Vida Sexual e Reprodutiva: As Relações dos Ginecologistas e Obstetras Com Suas Pacientes, o resultado mostra que 20% das mulheres com mais de 16 anos correm o risco de ter um problema sem ao menos imaginar.

Entre as mulheres que já foram ao ginecologista, seis a cada dez (58%) são atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto 20% passam pelo médico particular e outras 20% têm plano de saúde. Quando questionadas sobre qual especialidade médica é a mais importante para saúde da mulher, 68% citam a ginecologia, principalmente por mulheres que usam atendimento particular ou convênio. Em seguida, mencionam clínica geral e cardiologia.

"Sete em cada dez mulheres têm o ginecologista como seu médico de atenção para cuidar da especialidade e para cuidar da saúde de um modo geral. Não é diferente em outros países. É como se a ginecologia fosse a porta de entrada da mulher para a assistência básica de saúde. É muito comum a mulher que tem problemas que não são propriamente ginecológicos marcar consulta com o ginecologista e ele encaminhar para outro especialista", explicou o presidente da Febrasgo, César Eduardo Fernandes.

O levantamento mostra ainda que nove de cada dez brasileiras costumam ir ao ginecologista - principalmente as que utilizam atendimento particular e convênio. Metade delas vai ao médico, sendo metade uma vez ao ano. Já 2% não têm frequência definida, 5% nunca foram e 8% não costumam ir.

Sandra considera muito positivo, que na pesquisa as mulheres consultadas muitas vezes apresentam queixas de outras áreas, mas procuram pelo ginecologista em primeiro lugar “É importante destacar também, que das 1.089 acontece muito de fazerem a revisão e serem encaminhadas para outro especialista.O nordeste representa 26% destes números, Norte 15%, sudeste 44% e sul 15%.”

A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) através de sua assessoria de comunicação disse, em nota, que “não dispõe dessas informações e que esse tipo de atendimento é realizado, pela rede básica de saúde, ou seja, pelos municípios.

A Secretaria Municipal de Saúde também através da Assessoria de Comunicação informou, que não tem dados disponíveis a respeito do assunto e até o fechamento da matéria não enviou nota, apenas se pronunciou, por telefone no sentido de que somente um médico poderia tirar as dúvidas do jornal.

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