Trbn
01:47 | Bahia, Brasil
Quinta-feira, 1 de Maio de 2025
Logo image
Vitor Hugo Soares

Casamento de Luna: Prestígio e Vocação de Barroso

Por Vitor Hugo Soares*


Tribuna da Bahia, Salvador
09/09/2023 09:00
599 dias, 16 horas e 47 minutos

Vocação é o segundo mandamento do Decálogo do Estadista, criação memorável do doutor Ulysses Guimarães – publicado no livro “Rompendo o Cerco” - que assinala em seu enunciado: “O estadista nasce, é o encontro de um homem com o seu destino”. Sim, já o em artigo relativamente recente sobre o mesmo personagem, ministro Luís Roberto Barroso, mas não custa repetir para destacar a força e áurea de poder concentradas na figura do futuro presidente do Supremo Tribunal Federal, na festa de casamento, sábado, 2/09, da sua filha, advogada Luna van Brussel Barroso. Signo expressivo de prestígio no fato marcante, não só no terreno social, mas principalmente no intrincado e mutante jogo de relevância no tabuleiro jurídico e político nacional.

Quem participou da cerimônia como convidado, ouviu relato de quem foi, ou simplesmente leu, em colunas políticas ou sociais, na imprensa, é testemunha de como a conceituação do decálogo do Senhor Constituição de 1988 – um mestre na arte e talento de identificar as repentinas oscilações nos núcleos de mando –, se encaixa com perfeição na figura do magistrado prestes a assumir o comando da suprema corte de justiça do País. Ele demonstrou mais uma vez, que seu perfil pessoal e profissional se encaixa com perfeição, não só na parte referida na abertura, mas também – principalmente – no desdobramento da lei da tábua de Ulysses, quando diz que “o estadista é um animal po lítico. Fora da política (no mais amplo e melhor sentido da palavra) é um frustrado, um ressentido, um infeliz, embora possa ter êxito em outras atividades. Ainda que pagando o preço ingrato de percalços, perigos e sofrimentos, confirma o acerto da definição de Alphonse Karr, de que o segredo da felicidade é fazer de seu dever o seu prazer”.
Na mosca, quanto ao retrato do pai da noiva, na festa que abalou , no sábado anterior. Inclusive com chamadas e ranger de dentes, comuns em situações do tipo, no centro do poder, para quem ficou de fora da lista de convidados.

Registre-se, em primeiro lugar e a bem dos fatos, que o casamento de Luna Barroso, com Antônio Pedro Garcia Souza, foi uma ressonante festa para integrantes e frequentadores do andar de cima do Poder Judiciário, e da alta cúpula da comunidade jurídica. Ministros do Governo Lula, por exemplo, não foram vistos, assinala a veterana e bem informada colunista da Folha de S. Paulo, Mônica Bergamo.
No espaço aberto e decorado, com flores de vários tipos, desfilaram os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Carmen Lúcia, Dias Toffolli e a ministra presidente do STF, Rosa Weber, além do ministro aposentado Ricardo Lewandowski. Mas a presença central – além dos nubentes – para o qual convergiam todos os olhares e atenções – além dos holofotes - , foi sempre a do ministro Luis Barroso. Principalmente quando desfilou com a primogênita, Luna, conduzida ao altar pelo pai, quase explodindo de orgulho e emoção, ao som de “Você é Linda”, de Caetano Veloso. Precisa desenhar?
E, antes do ponto final deste artigo sobre signos de mando e de comunicação, voltemos ao fecho do enunciado do segundo mandamento do Decálogo de Ulysses (Vocação): “O estadista é, antes e acima de tudo um animal político. E político é como gato, que está gemendo, mas está gozando”. Grande doutor Ulysses! O resto a conferir.

*Vitor Hugo Soares é jornalista, editor do site blog Bahia em Pauta. E-mail: vitors.h@uol.com.br

 

 

Fale com a Tribuna
(71) 3322-2091
tribuna@trbn.com.br


PUBLICAÇÕES E ANÚNCIOS
(71) 3321-2161 | 3322-6377
tribuna.publicidade@terra.com.br

 

@ Copyright 2025 Jornal Tribuna da Bahia
R Djalma Dutra 121 - Sete Portas | CEP: 40000-001 - Salvador, BA
2.1.11